(Auto)Confiança é tudo


Em qualquer que seja a área, confiança é tudo.
Quando você vai cantar segura da música e da sua capacidade, você canta muito melhor. Quando você vai dançar, você precisa se divertir no processo, e pra isso você precisa ter confiança na coreografia e em si mesmo. Quando está numa entrevista de emprego, você precisa estar confiante das suas habilidades e do seu valor. Quando você escolhe uma roupa diferente do que os outros estão acostumados a ver mas você a veste se sentindo bem e confiante de si, você exala essa confiança e pode ter certeza que vai receber muitos elogios.

Ontem eu estava conversando com a minha mãe sobre isso. Sobre ser autoconfiante, e o quanto isso impacta na sua vida, nas suas experiências e nas suas relações. Isso não é sobre ser egocêntrico, tá? Autoconfiança é mais um estado de espírito, uma certeza de que você está dando o seu melhor, enquanto o egocentrismo quer mostrar quem é o melhor e o resto do mundo que o aplauda (concepções minhas, é claro).

Quem nunca viveu aquela música da Marília Mendonça "Quem eu quero não me quer, quem me quer não vou querer"? Já analisou que essas pessoas que te querem admiram a tua autoconfiança? Você é apenas você mesmo com elas, seguindo seus princípios, fazendo o que você quer, sem se preocupar com o que aquela pessoa vai pensar.

Mas a pessoa que você quer não te quer porque você demonstra o outro lado da moeda: você fica o tempo inteiro se preocupando se está agradando, se você está bonita o suficiente para ela, se você é boa o suficiente para ela, e esquece quem você é, o que você quer, o que você gosta e não gosta. Porque além disso tudo você quer tanto que a pessoa fique que acaba até fazendo coisas que vão contra a sua moral só para agradar ela.

Vou admitir uma coisa sobre o texto de ontem: eu menti no final. Disse que estava em paz porque fiz tudo que eu podia e fui eu mesma durante o processo. Isso é verdade apenas em partes. O fato é que estava acontecendo tanta coisa na minha vida, tantas mudanças, eu estava tão preocupada e ansiosa que me esqueci de tudo que eu já sabia sobre mim. Esqueci de quem eu sou. Do que eu quero. 

Desde que eu conheci aquela pessoa ela me disse que admirava a minha autoconfiança e a minha certeza naquilo que eu queria pra mim. E quando eu tive a chance de ficar com ela, fiquei insegura. Isso porque havia tantas incertezas, eu estava tão confusa com o que estava acontecendo, o que poderia acontecer e o que eu queria, que eu me assustei. E eu me culpo por isso, embora eu saiba e entenda que foi tudo um processo de autoconhecimento para eu entender o que eu queria de verdade. 

Pra quem não sabe, eu tenho ansiedade. Vivo demais na minha cabeça por causa disso. Invento respostas para perguntas que só existem na minha cabeça, porque no mundo real a situação é outra. Essas perguntas nem deveriam existir no mundo real porque a situação em si só existiu na minha cabeça. Fez sentido?

Foi depois de algumas crises que eu voltei pra terapia e reencontrei o meu foco. Consegui distinguir a fantasia da realidade. Quando eu consegui organizar meus pensamentos, lembrar quem eu sou, o que eu quero, e quais meus princípios, a situação já tinha mudado e não dependia mais de mim.

E isso é outro ponto muito importante: nem tudo depende da gente. Na verdade, a maior parte das coisas não depende. É uma questão de controle. Pra quem tem ansiedade, esse é um pensamento que vai ajudar: mentalize todo dia que você só tem controle sobre as suas ações, sobre como você vai reagir ao mundo ao seu redor. Porque é só sobre isso que você tem controle. Você não pode controlar o mundo, você não pode controlar outras pessoas. Quanto antes você abrir mão do controle, mais leve sua vida vai se tornar, vai ter menos ansiedade e mais autoconfiança.

Pensa comigo: a partir do momento que você entende que a única coisa que você pode controlar é você mesmo, você só tem a dar o seu melhor e deixar o Universo te dar o que tiver que ser seu. E se não der certo, é porque não era a hora. E tá tudo bem. 

Esses pensamentos são essenciais pra mim: 

Eu não tenho o controle de mais nada além de mim mesmo e de como eu me porto nesse mundo. O que tiver que acontecer, vai acontecer. E se não acontecer o que eu queria, tá tudo bem, só não era o momento. Tudo acontece na hora certa.

Juro, isso gera uma tranquilidade e paz de espírito imensas pra qualquer situação, além de aumentar sua autoconfiança. Claro que para ter autoconfiança, antes de qualquer coisa, é preciso se conhecer. 

  • Quem você é? 
  • Quais são os seus pontos fortes? 
  • Quais são as suas fraquezas? 
  • O que eu quero? 
  • O que eu posso fazer hoje para construir meu caminho até meus objetivos? 
  • Eu sou quem eu quero ser, ou eu sou quem os outros querem que eu seja?

Vi dois vídeos muito bons que queria trazer aqui. Um deles era a Deborah Secco falando sobre como ela faz o que faz por ela, não pelos outros. Se ninguém estivesse olhando, se ninguém ficasse sabendo, o que você faria? Se a opinião dos outros não importasse, o que você faria? 

O outro vídeo fala sobre ter 20 segundos de coragem. Sim, você pode passar vergonha, mas tome 20 segundos de coragem e faça alguma loucura, algo que você considere loucura. Algumas pessoas achariam que dançar no meio da rua é loucura, que seria muito julgamento. Mas se você tem vontade de dançar no meio da rua, respire fundo, tenha 20 segundos de coragem, esqueça os outros ao seu redor e dance. Dance por você, dance feliz. Pode ser que outras pessoas se juntem a você e dancem junto, mas você nunca vai saber se não tentar.

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